Pier Paolo Pasolini: Porno-Teo-Kolossal
“Em Sodoma a tolerância é real, a mansidão é real, a compreensão dos outros é real e tudo está fundado em uma prática democrática real. Minorias de qualquer tipo também encontram lugar no mundo de Sodoma. Não só as minorias heterossexuais, mas também as minorias de negros, de judeus, de ciganos, que vivem ali na mais absoluta liberdade, inclusive interior.”
O roteiro de Porno-Teo-Kolossal pretendia ser filmado enquanto uma superprodução teológico-pornográfica na qual Pier Paolo Pasolini trabalhou durante quase uma década.
A obra teria sido o filme que encerraria sua brilhante e controversa carreira cinematográfica antes de se dedicar inteiramente à escrita. No entanto, o seu assassinato brutal em 1975 deixou inacabada esta alegoria sombria cheia de sadismo e irreverência.
Porno-Teo-Kolossal se tratava de “um filme sobre ideologia” que deveria representar três tipos diferentes de utopias, ligadas a um passado paleoindustrial, a um presente neocapitalista e a um futuro tecnocrata, todos inexoravelmente destinados ao fracasso através de catástrofes apocalípticas que levariam ao fim até mesmo a última utopia: a da fé.
11x19cm, 160 páginas, brochura, português