Mckenzie Wark: Uma conversa sobre tecnologia como gênero e outras fenomenologias encarnadas
Nesta conversa, McKenzie Wark nos convida a fazer uma baixa teoria, ancorada em fenomenologias que encarnam nos modos de produção, no texto, no corpo. Embora o marxismo esteja na base do pensamento da autora, ela se recusa a tratá-lo de forma reverente, a reportar-se a seus conceitos como a uma teologia sagrada. Para Wark, aquilo que o marxismo pode nos oferecer de mais relevante não são conceitos abstratos aplicáveis aos mais diversos casos com elasticidade dialética, mas sim um ponto de partida para analisar as tensões e contradições que se fazem presentes nos modos de produção atuais. Escrever a partir das dinâmicas do nosso tempo, mais do que jogar com conceitos, é adentrar a tessitura do texto, fazer coisas com a linguagem: talvez seja preciso criar novos nomes e trair os antigos, atentando para os acordos tácitos por detrás do estilo, desconfiando da repartição entre teoria e literatura.
Em maio de 2022, a Revista Rosa e a Weirds Economies publicaram Tecnologia como gênero e outras fenomenologias encarnadas, uma entrevista com a filósofa Mckenzie Wark feita por Luiza Crosman, Nicolás Llano e Tom Nóbrega. Na entrevista, Wark discorre sobre as mídias em contexto capitalista, ficção e tecnologia, gênero e transições.
11x19cm, 64 páginas, brochura, português